Resumo Executivo – PL n° 4952 de 2019
Autor: Célio Studart – PV/CE | Apresentação:10/09/2019 |
Ementa: Determina que os veículos do transporte público deverão divulgar imagens e textos de apoio à proteção animal e dá outras providências
Orientação da FPA: Contrário com ressalvas
Situação Atual: Aguardando Designação de Relator na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS)
Principais pontos
- O Projeto de Lei propõe que os veículos de transporte público devam divulgar imagens, textos e realizar campanhas que tenham como objetivo proteger os animais e prevenir a crueldade e os maus-tratos.
- Estabelece que aqueles veículos que possuírem monitores, o conteúdo deverá ser digital, e os que não possuírem o instrumento, essa divulgação deverá ser feita na área externa do veículo.
Justificativa
- Inicialmente, é importantíssimo destacar que o combate de maus-tratos aos animais é fulcral e deve ser realizado em todas as esferas do poder. Promover a conscientização e implementar medidas efetivas para proteger os animais, garantindo seu bem-estar é indispensável.
- As diversas formas de maus tratos aos animais já estão devidamente estabelecidas na legislação assim como as respectivas penas para quem cometê-las.
- Contudo, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) cita que o bem-estar animal dos animais de produção (bovinos de corte, suinocultura e avicultura comerciais, entre outros) é um assunto complexo e com dimensões científicas, éticas, econômicas, culturais, políticas e ideológicas.
- Com base nisso, o texto apresentado não explicita o que seria amplamente difundido como maus tratos, e sabe-se que algumas práticas de manejo agropecuárias são tidas como crueldade por uma parcela alheia ao dia a dia do setor, abrindo espaço para a subjetividade.
- Respeitamos o desejo do deputado e ressaltamos a necessidade de haver campanhas contra a crueldade aos animais, mas nos posicionamos contrários com ressalvas ao mesmo, por falta de clareza no material que seria difundido nessas campanhas. A fim de nos resguardarmos da possibilidade de práticas de manejo tradicionais da pecuária brasileira, serem enquadradas nos materiais dessas propagandas.